Imobiliárias se preparam para um novo normal

Dando continuidade ao Ciclo de Pesquisas sobre o impacto da COVID-19 no mercado imobiliário, o CRECISP entrevistou 600 pessoas, entre proprietários, gerentes e responsáveis por imobiliárias de todo o Estado.

Do total de respostas obtidas, 52,5% afirmaram estar com os escritórios totalmente fechados durante a quarentena; 44,7% estavam parcialmente abertos e apenas 2,8% estavam trabalhando normalmente.

Com relação à localização das jurídicas, 32,7% estão na Capital, 7,2% fazem parte da Delegacia Regional de Santo André; 5,0% estão em Campinas. 4,8% em Osasco e 4,3% em Jundiaí. O restante das respostas fiou muito pulverizado entre outras 17 cidades-sede das Delegacias.

Os imóveis residenciais usados são o principal segmento de mercado trabalhado pelas empresas que responderam a Pesquisa CRECISP, com registro em 86,8% das respostas dadas.

67% dos participantes também afirmaram atuar com imóveis comerciais de terceiros e 50,5% intermedeiam imóveis residenciais de lançamentos.

A Pesquisa detectou que grande parte das imobiliárias atua na venda e na locação de casas e apartamentos, totalizando 74,3% das respostas. Outros 18,2% trabalham apenas com propriedades à venda e 2,8% somente com aluguel.

Das 600 imobiliárias questionadas, 83,8% são de pequeno porte; 15,2% de porte médio e 1,0% de porte grande. E mesmo que realizem o sonho da casa própria de muitas famílias, essas empresas ainda não estão instaladas em suas sedes: 64,7% funcionam em imóveis alugados.

Por serem de pequeno porte em sua maioria, o número de funcionários administrativos que nelas atuam não passa de 5 em 92,3% dessas imobiliárias e 87% das entrevistadas também contam com até 5 corretores, no máximo.

O trabalho em home office tem sido a principal orientação aos colaboradores dessas jurídicas: 49,3% das entrevistadas estão atuando com todos os funcionários dessa forma. Nesse quesito, um dado importante chama a atenção e reflete as dificuldades financeiras que essas imobiliárias têm enfrentado: 7,7% delas demitiram todo o seu quadro de funcionários por conta da pandemia. Já 4,7% do total optaram pela suspensão temporária do contrato de trabalho de seus colaboradores. Dentre as opções para a conter a crise, as empresas também utilizaram as férias coletivas e a redução salarial como alternativas.

Mesmo trabalhando de suas casas, os corretores não ficaram totalmente isolados nessa pandemia. 13,% do total afirmaram que fazem visitas aos imóveis quando necessário e somente 1% afirmou que não está trabalhando e não faz visitas em hipótese alguma.

Esse é o quarto levantamento que o Conselho realiza com seus inscritos, para mensurar melhor como o Coronavírus interferiu nas transações imobiliárias, tanto nas Pessoas Físicas como Jurídicas.

Na última semana, o governo de SP esteve analisando as possíveis medidas para a recuperação financeira dessas empresas, ampliando a flexibilização do distanciamento social nos escritórios de imóveis.