Corretores se mobilizam contra a dengue em todo o Estado

Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 29/02/2020


Ao longo do mês de fevereiro, as Delegacias do CRECISP se uniram à Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN-SP) para promover uma forte campanha de combate à dengue em todo o Estado. A iniciativa buscou um engajamento dos corretores de imóveis às atividades de vistoria das propriedades à venda ou para locação, visando eliminar possíveis focos de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dessa e de outras doenças, como a chikungunya e a zika.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germman, cerca de 80% dos focos estão dentro das casas e, por essa razão, é essencial que toda a sociedade faça a sua parte para eliminá-los. Neste ano, somente no mês de janeiro, 10.890 casos de dengue já foram confirmados em São Paulo. Desses, 2.679 foram registrados em São José do Rio Preto, e 1.346 em Ribeirão Preto, cidades com os maiores números de notificações da doença.

Os delegados regionais do Conselho convocaram membros de comissões e grupos de trabalho para reuniões com o intuito de organizar ações e motivar os demais profissionais a participarem. Nos encontros, representantes de secretarias Municipais de Saúde, Zoonoses e Vigilância Ambiental falaram sobre a situação da doença nos municípios paulistas. Além disso, em diversas cidades, já ocorreram vistorias às propriedades, para a colocação de selos tapa-ralos e adesivos “vistoriado” fornecidos pelo CRECISP.

Em Rio Preto, o conselheiro Sabino Sidney Pietro e os delegados Luis Gonzaga de Andrade e Sidnei Rodrigues de Moura realizaram um “Dia D” para combate ao mosquito, com a participação de agentes da Vigilância Ambiental e ampla cobertura da imprensa local. Os representantes do CRECISP em Ribeirão Preto, Itu e Presidente Prudente também já promoveram vistorias aos imóveis fechados, evitando a proliferação de larvas em locais com água parada.

Segundo o presidente do Conselho, José Augusto Viana Neto, é muito importante essa contribuição dos corretores, mantendo as propriedades livres de infestações. “Além de ser altamente prejudicial à saúde da população, uma epidemia de dengue também afeta o mercado imobiliário, haja vista que, certamente, diminui o interesse de compradores por casas e apartamentos em locais com grande incidência da doença.”