Palestrante fala sobre pedofilia

O evento ocorreu na Quarta Nobre


No dia 16 de novembro, a profissional forense em Comportamento Criminal em rede e no uso de Dispositivos Digitais, Karina Guimarães, marcou presença no evento Quarta Nobre promovido pelo CRECISP e abordou o tema: A pedofilia na internet: psicopata e parafilia alastrada.  

 Na ocasião, falou sobre a conceituação e definição dos mais experientes psiquiatras forenses do País sendo repassada ao público, além do entendimento e condição biológica, psíquica e criminal e as considerações do ser e cidadão que pratica o crime e também os indicadores quantitativos desta prática criminal.

A palestrante ressaltou que este é um assunto extremamente delicado, infelizmente apresentando um alto índice na internet, principalmente em nível pericial, sendo que o Brasil é considerado o segundo País que possui um dos maiores registros de pedofilia.

“O perfil do pedófilo reflete uma pessoa totalmente amoral, que não tem empatia com nenhuma criança, adepto a uma prática criminosa. Infelizmente acontece no mundo físico e virtual. É lucrativa, pois está na casa dos milhões, não é uma coisa nova e também não pode ser considerada uma doença, mas sim um transtorno, uma escolha.”

“Com relação a este assunto, temos questões conectadas ao abuso e estupro de bebês, que com certeza chegam à morte e que envolvem também tráfego de crianças. Há evidência na internet, pois é totalmente rastreada por meio de imagens, áudios e textos. Podemos nos referir ao pedófilo como um verdadeiro predador sexual infantil.”

Karina explicou que, no mundo físico, existem provas orgânicas de abusos e na internet existe a evidência testemunhal. Uma pessoa, por exemplo, consegue gravar um vídeo e até mesmo o próprio abusador registra o ato criminoso e compartilha em grupos e, muitas vezes, comercializa as imagens.  

“Existe uma abordagem do pedófilo nas redes sociais, geralmente conhece a vítima, pois vai atrás de informações para entender exatamente do que ela gosta ou até mesmo faz parte da própria família, se diverte, sexualizando a criança sem ter noção do que ela está fazendo.  Existem policiais que trabalham no meio virtual ou agentes de inteligência que sabem de absolutamente tudo, até mesmo, pelo processo de infiltrações, que são as ações mais eficazes contra essa criminalidade.”