Procon e Creci-SP preparam ações para evitar golpe de locação

Uma cartilha vai orientar profissionais do setor



No último fim de semana, turistas de São Paulo caíram no golpe do falso aluguel em Praia Grande. Eles fizeram um depósito de aproximadamente R$ 600,00 para ficar três dias em um apartamento na Vila Mirim. Toda a transação foi realizada pela internet, mas, quando chegaram ao endereço no Litoral, o apartamento prometido já estava alugado, e o falso locador sumiu.

Esse tipo de prática não é incomum na Baixada Santista e aumenta em feriados prolongados e nos meses mais quentes do ano, principalmente no verão. Por isso, a Fundação Procon e o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP) já preparam ações para a próxima temporada. Uma cartilha foi lançada para orientar consumidores e imobiliárias.

O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, afirma que as pessoas devem fazer locações com corretores e imobiliárias estabelecidos nas cidades onde elas têm interesse em ficar. “Assim, podem ter contato pessoalmente com quem alugou. No site do Creci, tem os contatos”, recomenda. Segundo Viana, ao planejar o golpe, o estelionatário costuma alugar uma casa e ficar nela por até 30 dias, pagando corretamente. “Depois, ele faz fotos e começa a alugar para outras pessoas como se fosse dono. Então, é muito perigoso alugar imóvel (fora da cidade de origem) direto com o dono”.

Guarujá

Atualmente, Guarujá tem 850 corretores e 200 imobiliárias credenciados. O Procon da Cidade vem percorrendo os estabelecimentos do ramo para um trabalho de orientação aos profissionais, em parceria com o Creci. São entregues cartilhas com informações sobre locações temporária, anual e de loteamentos, por exemplo.

Conforme o diretor do Procon Guarujá, José Roberto Mendez Reinaldo, o Beto Feijó, a ação também tem apoio do Sindicato dos Empregados em Edifícios do Município. “Ao mesmo tempo em que distribuímos cartilhas, estamos visitando os prédios e orientado os zeladores. Às vezes, a pessoa (golpista) vai a um edifício e pede para tirar fotos de um imóvel sem nem ser credenciada no Creci. Aí, coloca um anúncio na internet, em site conhecido, com uma foto bonita. As pessoas caem”, descreve o dirigente.

A verificar

A orientação de Beto Feijó é para que os locatários verifiquem sempre se o endereço existe, liguem para o prédio e perguntem se o responsável pela locação é mesmo o dono. “Falar com o zelador é importante para ter certeza (da propriedade do imóvel) antes de fazer qualquer depósito”.

O delegado do Creci-Guarujá, Hélio Amarante, cita que os anúncios falsos são comuns e a campanha de alerta é importante, até para que os clientes saibam diferenciar os anúncios verdadeiros dos suspeitos. “Estamos informando às imobiliárias o modo de anunciar, sempre colocando os números do Creci, telefones e e-mails, de forma clara e objetiva. O picareta não tem essa preocupação”. O subdelegado municipal do CRECISP, Fábio Duva, também se engajou para a distribuição dasa cartilhas e orientação aos profissionais que estejam com dúvidas sobre esse material.