Texto veiculado no jornal O Estado de São Paulo dia 16/07/2016
Durante uma semana, os agentes de fiscalização do CRECISP concentraram seus esforços em três grandes condomínios do município de Araçatuba, a noroeste de São Paulo. O objetivo foi averiguar a comercialização indevida das unidades por parte de beneficiários do Programa Minha Casa Minha Vida, e com uma possível participação de corretores nas negociações. A ação se deve a uma parceria entre o COFECI e a CAIXA, com o intuito de inibir condutas ilícitas no programa habitacional e, especialmente, verificar o envolvimento de corretores e imobiliárias nessas irregularidades. Ao todo foram fiscalizados 2.780 imóveis, uma tarefa intensa e com resultados bastante significativos. No Condomínio Residencial Águas Claras, o primeiro visitado, foram encontrados 3 casos de vendas de unidades, 8 de locações, 2 invasões e 32 cessões. Do total de 1.198 casas, em 9 havia, ainda, comércio estabelecido e 244 apresentaram suspeitas de irregularidade. Na sequência, os agentes fiscalizaram o Condomínio Residencial Atlântico, que conta com 961 casas. Foram registradas 9 vendas, 19 locações, 5 invasões, 22 cessões, 11 com comércio e 203 com suspeitas. Finalizando o trabalho, foram constatadas 3 vendas, 9 locações, 2 invasões, 15 cessões, 10 comércios e 142 suspeitas de irregularidades, dentre as 621 unidades do Condomínio Residencial Porto Real. O Conselho vai encaminhar um relatório desses trabalhos à CAIXA para que analise juntamente com o Ministério Público. Caso as irregularidades se comprovem, os responsáveis poderão responder por crime de fraude em programa social, pois as famílias contempladas não podem negociar os imóveis antes do prazo de 10 anos. A blitz comprovou que nenhum corretor de imóveis ou imobiliárias estavam envolvidos nas irregularidades encontradas. Ao fechamento das atividades da semana, os agentes participaram de um treinamento de dois dias, com palestras motivacionais e sobre excelência no contato com o público. &O CRECISP busca um aprimoramento constante das atividades dos agentes, visando sempre os melhores resultados&, afirmou o presidente do Conselho, José Augusto Viana Neto. &O balanço da fiscalização tem demonstrado que a prevenção é o melhor caminho para proporcionar tranquilidade e segurança às transações imobiliárias.
