Aluguel novo sobe 0,44% em maio na Capital

Texto veiculado no jornal O Estado de São Paulo dia 02/07/2016

Os aluguéis residenciais novos na cidade de São Paulo subiram em média 0,44% em maio na comparação com abril, mês em que a pesquisa do CRECISP registrou o maior aumento em seis anos, de 16,68% sobre março, e que foi recorde de série histórica iniciada em maio de 2010. A maioria dos novos inquilinos - 50,56% - optou por imóveis com aluguel médio de até R$ 1.400,00. Para alugar esses imóveis, os proprietários concederam descontos sobre os valores inicialmente pedidos que variaram de 13,54% na Zona B a 8,36% na Zona E. De janeiro a maio deste ano, as imobiliárias consultadas mensalmente acumulam saldo positivo de 15,91% no número de novas locações contratadas. Foram três meses no azul (+ 14,22% em fevereiro, + 12,16% em março e + 20,52% em maio) e dois meses no vermelho (- 1,52% em janeiro e - 29,47% em abril). A comparação é sempre com o mês anterior (ver quadros abaixo). Em 2015, os cinco primeiros meses do ano registraram saldo positivo de 50,53% no número de nova locações, apesar dos resultados negativos em abril (- 7,64%) e maio (7,77%), também sempre na comparação com o mês anterior. Essa boa marca se deveu ao número expressivo de novos contratos firmados em janeiro (+ 45,31%) e fevereiro (+ 16,24%). O saldo foi positivo também em março (+ 4,39%). "Apesar do refluxo no volume de novas locações de 2015 para este ano, de 50,53% para 15,91% no acumulado dos cinco primeiros meses, o fato a destacar é que o aluguel não desabou, ao contrário, aumentou sua margem em relação à inflação, o que certamente contribuiu para apertar ainda mais o orçamento das famílias que não têm casa própria", resume José Augusto Viana Neto, presidente do CRECISP. Ele argumenta que a queda nas contratações não tem forçado uma baixa geral dos aluguéis novos porque o déficit crônico de moradias na Capital e cidades da Região Metropolitana supera as 650 mil unidades. "Com um número dessa grandeza, e o custo dos financiamentos bancários impraticável para a maioria da população, a necessidade de morar acaba levando as famílias para o aluguel, e os donos de imóveis têm reagido de maneiras diferentes a essa situação", afirma Viana Neto.