Texto veiculado no jornal O Estado de São Paulo dia 08/08/2015
Mais de 100 milhões de processos em curso, incluindo os 26 milhões somente no Estado de São Paulo, por si só, já seriam uma ótima razão para que toda a população estivesse empenhada em buscar métodos alternativos na solução de conflitos. Torna-se muito burocrático e lento depender dos tribunais quando o que se pretende é resolver pendências que podem culminar em ações judiciais que levam anos até se resolverem. E ao se tomar tais fatores em conta, consegue-se perceber a grande importância que as conciliações têm para a Justiça de todo o País. Frente a esse cenário, o desembargador José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, mostrou-se muito favorável aos acordos entre partes antagonistas, evitando a sobrecargas de processos em tramitação. Nalini expôs esse posicionamento durante palestra sobre o tema, ministrada na sede do CRECISP, na última segunda-feira, 2/8. O presidente do TJ afirmou que cerca de 70% dos processos que passam pelo judiciário não precisariam, necessariamente, seguir esse curso. &É preciso estimular uma cultura da conciliação, dando ao Judiciário condições de julgar causas efetivamente mais complexas. Segundo o desembargador, especialmente em época de crise econômica, todas as questões acabam se refletindo na Justiça, através de demandas trabalhistas, familiares, e financeiras. &No entanto, o processo, definitivamente, não é a forma mais simples e menos dispendiosa de solucionar tais pendências. É preciso que o Estado reparta as responsabilidades com a sociedade civil e com as demais entidades, através de parcerias, como esta que estamos desenvolvendo com o CRECISP.& Além da transmissão através da TV CRECI, a palestra de Nalini contou com a presença de convidados ilustres, como os presidentes da Assembleia Legislativa de SP, Fernando Capez; do Tribunal Regional Eleitoral, Antonio Carlos Mathias Coltro; do Tribunal de Justiça Militar, Paulo Adib Casseb; do Tribunal Regional do Trabalho, Silvia Devonald; do Ouvidor Geral do Estado, Gustavo Úngaro; e do Grão-Mestre do GOSP, Benedito Ballouk. Compareceram, ainda, os presidentes do CFB, Regina Celi de Souza; do CFDD, Carlos Alberto Montenegro; do CFBM, Silvio José Cecchi; do Cofecon, Jin Whan Oh; do Sircesp, Siram C. Teixeira; do CRB-8, Carli Cilene Cordeiro; do Corcesp, Arlindo Liberatti; do CRO, Claudio Y. Miyake; dos CRECIs do Rio Grande do Sul, Flavio Koch; e Sergipe, Sergio Sobral; e vice-presidentes do Confea, Ana Constantina Sarmento; do Creci-RJ, Ana Luiza G. Anderson; do Creci-GO, Eduardo Britto, além de outras autoridades e entidades ali representadas. As autoridades presentes fizeram uso da palavra e enfatizaram a importância das conciliações para o Judiciário, elogiando o domínio do tema pelo palestrante. O presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, é também um entusiasta das conciliações. &Como corretores de imóveis, devemos apoiar o consenso e o acordo como forma de solucionar problemas. Estamos muito satisfeitos que o Conselho possa estar mais próximo do Tribunal de Justiça, contribuindo para que haja uma ampliação do diálogo e do entendimento mútuo.&
