CRECISP fecha balanço semestral da fiscalização

Texto veiculado no jornal 'O Estado de São Paulo' dia 10/08/2013

Obter sucesso na carreira de corretor de imóveis significa muito mais do que apenas intermediar negócios rentáveis no ramo imobiliário. Há muito tempo, o profissional da corretagem não é mais um vendedor. Aliás, basta uma leitura mais atenta ao Código de Ética do corretor de imóveis para saber que, na verdade, sua real função não é a de vender, mas sim a de aproximar as partes que desejam realizar a compra e venda de uma propriedade. E a responsabilidade que - como podia-se supor - acabava com a assinatura do contrato, hoje se estende por um prazo muito mais longo, dada a real importância do profissional. Por essa razão, torna-se fundamental a atividade-objetivo dos CRECIs, em todo o País, que é a de fiscalizar o exercício da profissão. A moralização e a ética de cada corretor devem ser a base de trabalho do próprio Conselho, e é através da sua fiscalização que a sociedade pode se sentir mais bem amparada e segura em suas transações imobiliárias. No CRECISP, essa tem sido a palavra de ordem a cada blitz realizada, a cada denúncia verificada e em cada autuação emitida. O Departamento de Fiscalização trabalha diuturnamente para que sejam coibidas todas as ações de pseudocorretores em todo o Estado e, além disso, para que os maus profissionais sejam excluídos da atividade. Neste ano, o primeiro semestre fechou com um balanço bastante positivo. Foram produzidos 35.777 autos de constatação nos mais diversos plantões de venda, imobiliárias e escritórios de corretores autônomos. No que diz respeito às faltas ético-disciplinares, 2.361 corretores de imóveis foram autuados. Quanto a pseudoprofissionais, os agentes do CRECISP emitiram 2.156 autos pelo exercício ilegal da profissão em todo o Estado. Comparado ao primeiro semestre de 2012, as autuações de pseudocorretores foram 220% maiores. ``A cada reunião ou palestra que realizamos, alertamos aos profissionais para que denunciem as circunstâncias irregulares e sejam, também, agentes fiscais trabalhando em prol de toda a sociedade``, comentou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto. Para Viana, somente com a união dos profissionais é que poderá haver mais conscientização e o crescimento qualitativo da atividade. ``Sempre comento que a água que afunda o barco é a que está dentro do barco e não a que está fora. Cada infração ética que um corretor comete, mancha o nome de todos os profissionais que dependem daquela atividade para viver e sustentar suas famílias. Não podemos permitir que os bons paguem pelos maus. Ao contrário, devemos agir com rigor, para que os que permanecerem na profissão, mereçam realmente o título de corretores de imóveis.`` Outro dado importante diz respeito às denúncias feitas através do site do Conselho. Houve um aumento de 67% no número de notificações recebidas, o que demonstra a grande confiança e credibilidade que a população vem depositando no trabalho do CRECISP. Cefisp Dentre os diversos grupos de trabalho que o Conselho forma em todo o Estado, a CEFISP - Comissão de Ética e Fiscalização Profissional - foi especificamente criada com o intuito de auxiliar o Conselho nos julgamentos dos processos. Em cada Delegacia, são criados grupos que contam, em média, com seis corretores de imóveis da região, para a realização de reuniões mensais, analisando os casos que são apresentados pelo Departamento de Ética e Disciplina do Conselho. Desde março, por conta das Convenções Administrativas que têm ocorrido em todas as cidades-sede das delegacias sub-regionais, os coordenadores da Cefisp estão mais próximos, discutindo circunstâncias específicas de cada região e buscando as soluções mais justas e adequadas. Além disso, no início deste ano, a Cefisp também ganhou uma nova responsabilidade, passando a julgar os casos onde há facilitação do exercício ilegal da profissão por parte de imobiliárias e corretores. ``É mais um avanço no sentido de agilizarmos a análise desses processos, punindo os responsáveis de maneira célere e exemplar``, finalizou o presidente.