Novo teto para o Minha Casa, Minha Vida

Novamente o Governo alterou os valores máximos para o financiamento de imóveis dentro do MCMV, passando, em regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, de R$ 170 mil para R$ 190 mil. A medida, segundo palavras do próprio Ministro do Trabalho, Brizola Neto, visa ``impedir a redução no ritmo da construção civil, pois informações do agente operador Caixa demonstram um recente decréscimo no número de lançamentos imobiliários.`` Como medida social, no entanto, lançado há três anos, o MCMV ainda não mostra resultados animadores no quesito da redução do déficit habitacional. Ao deixar de estender aos imóveis usados os mesmos subsídios e vantagens destinados aos novos, o governo, mais uma vez, demonstra sua preocupação com o setor da construção civil, em detrimento da grande quantidade de famílias que poderiam ser atendidas prontamente com a aquisição de propriedades usadas, a preços mais acessíveis. O novo aumento no teto do MCMV dá um novo fôlego a construtoras e incorporadoras, que há algum tempo já pleiteavam essa alteração. É até compreensível o esforço do governo em manter aquecido o setor. No entanto, a opção do imóvel novo continua sendo a única e ainda distante alternativa dada à população.