Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 13/09/2025
O Plenário do Senado Federal realizou sessão especial em homenagem ao Dia Nacional dos Corretores de Imóveis, atendendo a requerimento do senador Izalci Lucas (DF). O evento reuniu autoridades do Legislativo, do Tribunal de Contas da União (TCU) e das entidades representativas da categoria.
Na mesa de honra, participaram Augusto Nardes (TCU), João Teodoro da Silva (COFECI), José Augusto Viana Neto (COFECI/CRECISP), Solon Amaral de Souza (CRECI-DF), Lucimar Alves Elias (FENACI) e Geraldo Francisco do Nascimento (Sindimóveis-DF). Também estiveram presentes lideranças do setor imobiliário e parlamentares de diversas regiões do país.
Os discursos destacaram conquistas históricas, a necessidade de formação contínua, o papel social e econômico do corretor de imóveis e a importância da governança para gerar investimentos e empregos. Em sua fala, o presidente do CRECI-SP e vice-presidente do COFECI, José Augusto Viana Neto, fez um resgate da Lei nº 4.116/1962, de autoria de Ulysses Guimarães, que regulamentou a profissão, lembrando que “no dia 27 de agosto de 1962 nasceu oficialmente o corretor de imóveis no Brasil”.
Ele ressaltou que, passados 63 anos, a categoria assume novas responsabilidades, como a fiscalização de crimes de lavagem de dinheiro no mercado imobiliário, além da atuação na ABNT, contribuindo para a criação de normas técnicas específicas.
Em tom firme, Viana reforçou o valor da regularidade profissional: “O ponto final da minha indumentária é a minha carteira de regularidade do CRECI. Nenhum pseudocorretor tem o direito de usar esse documento.”
Para ele, a valorização da profissão depende da identidade, da ética e do combate à informalidade: “Trabalhamos para que os corretores sejam reconhecidos pela alta técnica e pela segurança que oferecem ao consumidor.”
Os demais líderes também enfatizaram conquistas e desafios. Geraldo Nascimento (Sindimóveis-DF) recordou a Lei Distrital nº 1.462/1997 como marco de valorização; Solon Amaral (CRECI-DF) reafirmou o compromisso de fiscalização responsável; Lucimar Elias (FENACI) destacou a necessidade de formação e preparo para novas oportunidades; Augusto Nardes (TCU) abordou governança como base para confiança e investimento; e João Teodoro (COFECI) situou a profissão nas dimensões social, econômica e política.
O senador Wellington Fagundes (MT), também corretor de imóveis, defendeu projeto de lei que tipifica como crime o exercício ilegal da profissão, reforçando a importância da segurança jurídica para consumidores e profissionais.
Ao final, as entidades do setor entregaram uma placa de homenagem ao senador Izalci Lucas, autor do requerimento, pelos serviços prestados à valorização da categoria.
