Suspeito de estelionato causa prejuízos de milhões

Suspeito de estelionato causa prejuízos de milhões em vítimas no interior de São Paulo

Em municípios localizados no interior de São Paulo, foram registrados casos que ocasionaram prejuízos milionários a várias vítimas. Um homem é suspeito de estelionato por ter aplicado golpes que envolvem compra e venda de imóveis e também de veículos, em cerca de 10 pessoas, e até agora não há sinais do seu paradeiro.

O Boletim de Ocorrência registrou um desfalque de R$ 2 milhões no proprietário de uma mansão localizada em Americana. O dono do imóvel explicou que havia encaminhado uma procuração ao autor do crime e que este transferiu o imóvel para uma empresa. Os dois eram amigos de infância e as cobranças pelo prejuízo começaram a ser respondidas pelo falsário com ameaças de incêndio e sequestro.

O estelionatário aplicou um novo golpe em outro amigo que lhe entregou dois imóveis, localizados também em Americana,  em troca de dois terrenos em um condomínio de luxo em Campinas. O suspeito de estelionato prometeu a construção de duas casas, só que a vítima descobriu que não existiam esses terrenos e também foi ameaçado de sequestro e de morte, caso procurasse a polícia.  

Outro homem que reside em Paulínia caiu em um golpe parecido, entregando um imóvel como parte do pagamento da construção de uma casa no mesmo condomínio em Campinas. O terreno foi financiado em seu nome, no valor de aproximadamente R$ 450 mil, a construção foi até iniciada, mas para finalizar a obra foi necessária a realização de empréstimos, ocasionando novas dívidas.  A construção também trouxe prejuízos para lojas de material de construção e mão de obra.

 Segundo o advogado Luiz Augusto D´Urso, se a vítima quiser ver o investigado ser punido pelo Estado, não basta fazer apenas um BO. Terá que fazer representação dentro do prazo legal de seis meses, caso contrário, o autor do crime não poderá receber punição e desta forma, ser condenado.  

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que as vítimas foram orientadas quanto ao prazo para fazer essa representação criminal contra o autor, o que não foi feito. A Polícia de Minas Gerais disse que investiga o suspeito desde 2021 e já ouviu vítimas e testemunhas e aprendeu um veículo avaliado em R$ 270 mil.