Financiamentos imobiliários somam R$ 9,3 bilhões em junho

Fonte: Abecip

Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 9,27 bilhões em junho de 2020, com crescimento de 29,9% em relação ao mês anterior e alta de 52,8% comparativamente a igual mês do ano passado. O volume financiado em junho, terceiro mês completo sob distanciamento social, indicou o melhor resultado desde janeiro de 2015.

Esse comportamento, se confirmado nos próximos meses, poderá indicar uma retomada mais acentuada da demanda por crédito imobiliário, como já havia sido observado na segunda metade do ano passado.

Entre os primeiros semestres de 2019 e de 2020, os empréstimos destinados à aquisição e construção de imóveis avançaram 28,6%, atingindoR$ 43,35 bilhões.

No acumulado de 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020), os empréstimos habitacionais no SBPE somaram R$ 88,33 bilhões, alta de 34,2% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores.

 

Financiamentos Imobiliários - Unidades


Foram financiados, em junho de 2020, nas modalidades de aquisição e construção, 33,1 mil imóveis, resultado 33,5% superior ao de maio e 48,7% maior do que o apurado em junho de 2019.

Na primeira metade de 2020, foram financiadas aquisições e construções de 160,7 mil unidades, resultado 24,4% superior ao de igual período de 2019.

Nos últimos 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020), os financiamentos viabilizaram a aquisição e a construção de 329,5 mil imóveis, alta de 27,3% em relação aos 12 meses anteriores, quando 258,7 mil unidades foram beneficiadas pelo crédito imobiliário no âmbito do SBPE.

 

Poupança SBPE: Captação Líquida


A captação líquida da poupança SBPE de R$ 14,4 bilhões foi a mais elevada para o mês de junho da série histórica, iniciada em julho de 1994, e a quarta maior de todo o período. Alguns fatores, já observados em informativos anteriores, talvez expliquem o expressivo resultado dos últimos meses: 

1) redução do consumo devido ao isolamento social;

2) maior preocupação financeira das famílias com o futuro próximo;

3) queda da rentabilidade das demais aplicações de renda fixa;

4) volatilidade no mercado de renda variável, sobretudo no início da pandemia.


Esse conjunto de fatores pode estar levando muitas famílias a alocar ou ampliar os recursos depositados nas cadernetas.
Ademais, pode haver um efeito do pagamento do auxílio emergencial, que é disponibilizado em contas de poupança, as quais, em muitos casos, são usadas como conta corrente por parte da população.