Covid-19 já afeta as finanças dos corretores de imóveis

É o que revela levantamento realizado pelo CRECISP

Na última semana, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis manteve seu objetivo de entrevistar profissionais de todo o Estado, identificando onde estão os gargalos do mercado imobiliário por conta da pandemia.

Do total de corretores ativos paulistas, que hoje está em torno de 130 mil, 4.158 entrevistados responderam a Pesquisa do CRECISP, manifestando suas impressões sobre os negócios realizados no período entre 27 de abril e 1º de maio. Esse número representa 3,19% do horizonte de inscritos do Estado de SP.

As respostas também vieram de diferentes regiões do estado, permitindo um mapa da situação desse mercado: 37,2% foram dadas por corretores da Capital; as 4 posições seguintes no ranking dividiram-se em: 6,5% por profissionais da delegacia de Campinas; 5,0% de Santo André; 4,9% de Osasco e 4,2% de São José dos Campos. Todas as delegacias tiveram representatividade no estudo do Conselho.

O segmento de vendas é o de maior atuação dos entrevistados pelo CRECISP. Dos 4.158 corretores pesquisados, 51,2% trabalham com venda e locação de imóveis e 46,4% somente com vendas. O destaque dos profissionais vai para os imóveis residenciais: 98% dos entrevistados atuam nesse segmento. E mais de 70% dos participantes atuam como autônomos ou têm um escritório de pequeno porte para realizar suas transações.

A pesquisa registra que, nos últimos dias de abril, a COVID-19 já causava um grande prejuízo aos profissionais: 86,6% dos corretores pesquisados afirmaram estar enfrentando dificuldades financeiras em virtude da pandemia e do isolamento social. E mais da metade das respostas obtidas (52,7%) indica que o mercado imobiliário parou totalmente com a chegada do Coronavírus ao Brasil.

A boa notícia é que, se a doença afetou os negócios, a classe de profissionais ainda está preservada em sua saúde. 98,8% dos entrevistados disseram não apresentar sintomas da COVID-19 no momento da pesquisa e apenas 0,6% afirmaram já terem sido testados positivos para a doença.

Quanto ao isolamento social, 74% dos corretores pensam que a atividade imobiliária deve ser liberada pelo governo, desde que cumpridas as exigências impostas pelas autoridades sanitárias. 10,3% acreditam que ela deve ser totalmente liberada e 15,7% preferem permanecer em total quarentena.

Semanalmente, o CRECISP tem encaminhado diversos questionários para que os profissionais respondam, dando subsídios para que o Conselho possa mensurar os reflexos da pandemia no mercado imobiliário, decidindo medidas que possam beneficiar os profissionais e a sociedade em geral.