Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 11/04/2020
Ciente das grandes dificuldades impostas aos corretores de imóveis em função da paralisação de suas atividades pela pandemia do Coronavírus, o CRECISP não tem poupado esforços para a obtenção de benefícios junto a autoridades governamentais que possam amenizar essas questões e trazer alento a seus inscritos.
Na última semana, a CAIXA respondeu às reivindicações do Conselho quanto à concessão de crédito a juros menores, como forma de auxiliar os corretores a organizarem suas finanças nesse período de exceção. Segundo ofício recebido pelo CRECISP, o banco já providenciou uma redução nas taxas de juros de suas linhas de crédito, assim como uma pausa ampliada de 90 dias para o pagamento de empréstimos de seus clientes Pessoa Física.
De acordo com o banco, o corretor poderá se valer de uma linha de crédito automática em sua conta – o Crédito Direto CAIXA (CDC) – destinada a profissionais liberais ou de renda informal, além de assalariados, com taxas a partir de 2,17% a.m. e possibilidade de prazo de carência de 90 dias para início do pagamento.
A resposta da CAIXA esclarece, ainda, as ações que o banco vem disponibilizando para as empresas, com o intuito de possibilitar a manutenção de suas atividades ao longo desse período de crise. No caso de empréstimos à Pessoa Jurídica, a instituição oferece pausa de até 90 dias para contratos adimplentes ou até 60 dias para contratos com atraso de até 20 dias.
Nas linhas de capital de giro, há uma redução de juros de até 45%, com taxas a partir de 0,57% a.m. Além disso, as empresas podem contar com o Crédito Especial – parcelado em até 60 meses a taxas pré ou pós fixadas – e o Giro Fácil – que é um limite de crédito utilizado de acordo com a necessidade da empresa.
Governador e Prefeito
Levando em conta a próxima quinzena, cujas atividades também foram suspensas pelo Governo do Estado de SP, como forma de prevenção ao contágio do Coronavírus, o CRECISP encaminhou ofício ao governador João Dória e ao prefeito da Capital, Bruno Covas, buscando uma flexibilização das regras de distanciamento social para os corretores de imóveis.
A ideia é que os profissionais possam atuar em estandes e imobiliárias, em número reduzido de pessoas, a portas fechadas, realizando atendimento online ou com hora marcada e tomando as devidas precauções recomendadas pelas autoridades de saúde, sem que sejam multados ou tenham seus estabelecimentos lacrados pelo não cumprimento da quarentena.
Caso a reivindicação do CRECISP seja deferida, os corretores terão a possibilidade de preservar sua saúde e, ainda, dar continuidade às suas atividades, garantindo os honorários essenciais à sua subsistência e de suas famílias.
