Palestrante fala sobre educação financeira

O evento aconteceu na Quarta Nobre

O educador financeiro, Júlio Oliveira, esteve na Quarta Nobre e passou diversas informações aos corretores de imóveis sobre a sua experiência no mercado de finanças, destacando os principais investimentos pessoais e profissionais para garantir uma melhor segurança econômica.

“Tornei-me planejador financeiro, administrador de empresas, sempre tive uma visão de que poderia impactar positivamente a vida das pessoas.  Sou de Volta Redonda (RJ), estou em São Paulo há cinco anos, atuei no fundo imobiliário, fazia análise tanto de imóveis, quanto das finanças da própria empresa. Nesta época, fui convidado para trabalhar em uma imobiliária na Capital em um período difícil, quando o mercado começou a cair.”

“Trabalhei em uma imobiliária de alto padrão, as negociações eram intensas e reparei que tinha vários corretores de imóveis experientes, naquele ano especificamente, que não estavam ganhando, não estavam conseguindo concretizar as intermediações.”

Dessa forma, o palestrante buscou uma maneira de ajudar os profissionais que estavam com dificuldades para administrar suas finanças.

“Foi feito um estudo em Zurich, em uma das maiores seguradoras do mundo, e registrou-se que, a cada 100 pessoas, só dez vão conseguir ter independência financeira. Muitos dependerão de familiares, do governo ou irão morar em asilos.”

Para Oliveira, esse é um problema muito sério e existem muitos profissionais passando por apertos com relação a dinheiro. Em países de primeiro mundo, como Austrália, Holanda e Estados Unidos, a realidade é diferente, pois as pessoas recebem educação financeira, e ingressam em uma faculdade, sabendo quanto precisam ganhar e  gastar e quanto devem poupar por mês.

“Aqui no Brasil, não recebemos isso nem em uma faculdade de administração ou de economia,  imagina nas outras!  Como educar uma criança que acabou de nascer, com zero anos de idade, a poupar entre 50 e 200 reais por mês?  A gerir aquela mesada, ou semanada, em um período que consiga comprar o que quer, presentear quem ela quiser?”

“Administramos os recursos, sempre, de forma mensal. Educamos as crianças, mostramos o que é dinheiro, e aos seis, sete anos de idade, ensinamos quanto valem dez reais, vinte reais, cinquenta, cem reais! Isso para que, no final, ela consiga administrar o que estiver comprando. Imaginem se os nossos pais tivessem feito isso conosco, como teria sido? Muito mais fácil! Iríamos iniciar a vida com 60 mil reais economizados, por exemplo.”

“A maioria de nós não teve essa primeira fase. E o segundo passo é dos 20 aos 30 anos de idade, que é fase de acumulação patrimonial. Neste período, muitos moram com os pais, não construíram família ainda,  e esse é o momento em que se entra no mercado de trabalho.  Começa-se ganhando de mil a mil e quinhentos reais, e todo o dinheiro que entra, é fácil de poupar.  Mas a fase dos 45 anos é a última chance.  Se você não se organiza financeiramente,  você vai depender ou dos seus filhos, ou do governo  ou vai morar em asilo. E, por último, existe a fase de preservar. Eu passei a minha vida acumulando patrimônio, e agora é hora de eu escolher investimentos menos arriscados.”