O caso aconteceu em Praia Grande
O endereço de uma imobiliária, o cadastro de um suposto proprietário de um imóvel e um anúncio para a sua locação durante o Réveillon... O que parece ser uma simples transação imobiliária, na verdade, é um golpe que vem sendo aplicado em muitas pessoas que buscam diversão e tranquilidade para a virada de fim de ano.
O caso acima aconteceu em Praia Grande. O corretor de imóveis Roberto Antonio passou a receber telefonemas em seu escritório de um pretenso inquilino, querendo obter mais informações sobre um apartamento que teria alugado para o feriado de Ano Novo.
Ao conversar com o locatário, Roberto solicitou o contrato do aluguel de temporada e verificou inúmeras irregularidades que poderiam indicar a existência de um golpe. O endereço mencionado na documentação era o de sua imobiliária, embora ele não fosse o responsável pela intermediação. Além disso, o cadastro do dono do apartamento era falso, de um senhor de 78 anos da cidade de Belo Horizonte, que nada tinha a ver com o negócio.
A locatária alegou ter selecionado o anúncio em um portal publicitário e, depois de ter acertado os detalhes e quitado o sinal de R$ 500,00, não conseguiu mais contato com o pretenso locador.
Para o corretor, a internet está se transformando na maior intermediadora dos golpistas, que se fazem passar por donos de casas e apartamentos, publicam anúncios falsos, recebem boas quantias em dinheiro e, por fim, desaparecem, deixando inquilinos de boa-fé com o prejuízo.
“Em minha imobiliária, não permitimos que o cliente fotografe o imóvel, porque muitos estelionatários podem se valer dessas fotos, usando nosso escritório, para alugar propriedades que não lhes pertencem. Nessa época do ano, especialmente, todo cuidado é pouco”, comentou Roberto.
O presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, afirmou que os que desejam alugar imóveis para temporadas e feriados devem tomar todas as precauções para que não sejam enganados por criminosos e golpistas. “Antes de fornecer alguma quantia em dinheiro ou assinar um contrato, é preciso checar a veracidade das informações. Também é muito perigoso acreditar em anúncios de internet, em portais que não tenham comprometimento e nem façam nenhuma exigência de quem está anunciando sobre a veracidade das informações. O risco de cair em uma armadilha é muito grande.”
